quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A estratégia de um pobre contra a empresa opressora

Como sabem, estou sendo massacrado desde o ano passado pela empresa para a qual trabalho, com desculpas como crise e corte de custos.
Vocês já devem estar imaginando que tenho uma posição intermediária na empresa, ainda mais quando falei que não tenho direito a horas extras. Realmente tenho subordinados... calma, não sou gerentinho opressor! (Mas como vc acha que eu poderia aportar R$3000? Sendo peão???). Porém esse fds que eu fui trabalhar me toquei de uma coisa: eu sou apenas mais um funcionário nessa empresa ridícula. Por que tenho que ficar sofrendo? Deixa os chefinhos casadinhos segurarem a pressão de volta! Sabe, eles falam que estão lá fora para me ajudar, mas eu respondi para eles: não! Eu estou aqui para ajudar vocês! Então, agora quero que me digam o que fazer para tirar essa empresa da merda! Se querem que eu diga como fazer isso me coloquem como diretor com um bônus poderoso para que eu tenha motivação!

Valeu aí cambada... pra mim já deu


Foi muito bom ficar na empresa no fds respondendo emails com bastante falta de educação, apontando todas as falhas da empresa, porém de uma forma bem profissional, sem que eles possam argumentar (como falei, a empresa tem várias falhas, até descumprindo a lei).
Outra coisa que eu fiz foi aproveitar que estava vazio no fds e ir no arquivo da empresa pegar alguns documentos para tirar cópia, inclusive do meu contrato de trabalho que lembrei que não tinham me dado uma cópia. No meu contrato fala claramente que meu horário é de 9h até 18h, segunda a sexta, e que eu me comprometo a trabalhar fds e feriados, ou horas extras, SENDO COMPENSADO COM FOLGAS OU PAGAMENTO CONFORME A LEI. Que sensação de vitória que foi a de copiar esse contrato e enviar para a matriz dizendo que de agora em diante vou assinar meu ponto de acordo com as horas trabalhadas (aí coloquei entre parênteses que eles podem olhar na câmera se quiserem para conferir meus horários, com bastante sarcasmo).

Aqui cabe uma observação: eu tenho que cuidar do ponto dos meus subordinados, pois ao enviar para aprovação a matriz confia na minha conferência (o gerente responsável pelo Brasil fica lá fora). Em dezembro eu tirei férias (só no papel, pois como pobre que sou tenho que trabalhar mesmo em férias). Aproveitei e passei uns dias fora da empresa, como qualquer pessoa em férias. O que aconteceu? O playboyzinho do financeiro, que tem inveja de mim e do meu salário (que nem é tão alto mas o dele é menos da metade - CHUPA!) armou para mim: ele fez uma pesquisa nas câmeras, anotou observações sobre o horário dos funcionários, ENVIOU PARA A MATRIZ SEM ME FALAR e ficou quietinho. Ou seja, vocês podem ver que a empresa é uma zona total e vale tudo.

O que eu fiz? Enviei mais um email mal educado falando que se esse tipo de atitude será tolerada, que de agora em diante não me peçam para olhar porra nenhuma na empresa e eu vou fazer só o meu trabalho! Pronto...

Estamos tendo problemas com um cliente pois como a empresa é totalmente anti ética e não contratou o número certo de empregados para as operações, temos problemas de acúmulo de horas extras além do limite legal. O cliente já enviou uma advertência no passado e agora está querendo discutir o assunto de novo. O que acontece: recebo instruções da matriz: "Pobre Engenheiro", vai lá falar com o cliente e aliviar a barra. Ou seja, além da porra da minha função tenho que usar diplomacia para amenizar conflitos. Eu fiz isso da primeira vez e sabe o que vou fazer agora: simplesmente vou abrir o jogo com o cliente que a empresa é um lixo e realmente está fora da lei e para ele fazer o que achar melhor. Não vou assumir responsabilidade, ainda mais por uma empresa que está ilegal. Pronto...

Nossos funcionários falaram na última reunião que vão chamar o sindicato. Eu quero ver o circo pegando fogo e os bombeiros de greve. Não vou mais acalmar a galera como eu fazia. Pronto...

Resumindo minha estratégia: vou fazer o meu, seguir meu contrato como manda a lei e vou ignorar as confusões. Não vou mais ficar colocando o meu na reta só para manter meu emprego.

Uma coisa que estou com medo é que pelo histórico da empresa já vi muita merda, então para eles saírem do país e darem o calote não custa. Mas para isso tb tenho um plano: vou colocar uns computadores e equipamentos no porta malas e sumir! Eles que venham atrás...

Eu indo embora com os equipamentos da empresa para compensar por não ter recebido meu acerto
 
 Crise é o caralho! Eu quero paz...

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Continuação da minha revolta com o trabalho

Como já deu para perceber eu odeio o ambiente de trabalho. Após algumas experiências já vi que sempre vou encontrar situações de conflito e desgaste emocional.
Parece que a cada novo emprego, após uma ponta de esperança, no final só aumenta minha decepção.

Porém, no emprego atual, após todo o histórico que vocês podem ver no post que fiz sobre 2012, 2013 e 2014, parece que cheguei ao máximo que posso tolerar. Eu percebi que quando estava em sub-empregos, apesar de ganhar menos, as empresas respeitam horários, horas extras e outros direitos. Mas quanto mais responsabilidades fui adquirindo, mais inescrupulosas são as cobranças, então hoje não melhorei muito o salário mas a qualidade de vida acabou. Trabalho fds, feriados, não tenho horários definidos, sou forçado a ficar fora da minha cidade, longe dos amigos e dos bares pobres que gosto de frequentar. Além de tudo, com a situação atual da economia, a empresa está sofrendo, ou pelo menos é o que dizem, e usam isso como desculpa para atormentar ainda mais os funcionários.

Eu estou sobrecarregado, com pressão de todos os lados, não tenho tesão nem de comer uma puta, tenho dores de cabeça, não durmo direito.

E o pior é que apesar do meu esforço, pois não deixo de fazer meu trabalho, estou vendo que a empresa está indo para o buraco, pois os funcionários de níveis mais baixos não ligam pra nada e só querem o deles. Eles ficam sabotando a empresa o tempo todo e só exigindo cada vez mais horas extras e ameaçando não trabalhar, enquanto eu tenho que ralar sem hora extra, devido ao meu "acordo" com a empresa, segurando a pressão, sem reconhecimento.

Teve uma reunião hoje com toda a empresa (não são tantas pessoas assim) e muitos gritos, ameaças (até pra mim), chimpas revoltados (claro, com filhos para criar ganhando 1000 conto), clima horrível.

A situação da empresa piorou muito nos últimos meses e não estou vendo saída. Chegou a um ponto em que meus chefinhos estrangeiros ficam enviando emails motivacionais idiotas, típicos de casadinhos com família pra sustentar, e eu estou respondendo com toda a fúria de um JPBF solteiro e sem filhos. Não ligo pra mais nada. Já aceitei meu destino de ter que trocar de emprego (de novo). Meu psicológico já foi pro espaço desde o ano passado e sair desse emprego a essa altura será um alívio.

Não tenho nada, então tb nada a perder!

domingo, 10 de janeiro de 2016

Minha tristeza com o trabalho

Domingo de noite, estou aqui tomando umas Itaipavas e pensando no trabalho, que tem me deixado muito triste ultimamente, então resolvi escrever um pouco sobre isso.
Eu trabalhei esse fds e é muito triste ver as pessoas indo se divertir com as famílias enquanto estou indo ficar trancado com um bando de gente ignorante num ambiente horrível. Às vezes dá vontade de engravidar uma parda, arranjar um sub-emprego e ir me divertir no Palio 97 com a família também, mas vou insistir na minha vida solitária de trabalho e casa pois tenho que acreditar que algo melhor está para vir.

Eu trabalho para uma empresa estrangeira e é muito difícil fazer com que as informações sejam bem entendidas por eles, já que não estão aqui. A maior parte do meu stress no trabalho vem da dificuldade de comunicação com a matriz. Eles adoram trabalhar fds também então a cada email que eu enviava respondendo algo chegava outro em 5 minutos com mais perguntas. Quando não é encheção de saco da matriz é alguma solicitação idiota de algum "colega".

Fiquei tão desanimado esse fds que nem fui almoçar. Comi pão o dia todo na copa. Isso foi bom para me lembrar de como sou um bosta e mereço é comer pão com café e água... e algumas bananas (chimpa). É sério... pão, café e banana.

Uma vantagem de trabalhar fds é que o telefone quase não toca e eu economizo pois não posso sair pra beber como eu gosto. Porém com a quantidade de emails que tive esse fds me senti como uma secretária redigindo cartas.

É horrível não ter seu trabalho reconhecido. A cada resposta recebo mais 10 perguntas. A cada idéia que dou recebo 5 objeções... isso quando não sou totalmente ignorado. Me sinto tão inútil sabendo que mesmo com boas intenções sou visto como um monstro. Você não pode ser sincero no trabalho, não pode esperar honestidade dos outros. Você tem que entrar num jogo com regras não muito claras, mas uma coisa eu sei: só os espertos, maliciosos, que sabem vender sua imagem é que vão pra frente. Não posso me indignar com nada, por mais absurdo que seja. Meus chefes (sim, no plural) até deram a entender que a empresa não vai seguir as leis mesmo e que eu tenho que aceitar.

A única coisa que me impede de pegar meu carro velho e ir pra casa é a necessidade de receber o próximo salário para manter meus aportes. Mas como vi no filme Office Space (Como enlouquecer seu chefe), um dos meus preferidos, isso só faz com que eu trabalhe o mínimo para não ser demitido.

Será essa a sina de um pobre trabalhador?

Vai ser muito difícil acordar segunda para ir trabalhar...

sábado, 9 de janeiro de 2016

Histórico do patrimônio de um pobre

Coincidência ou não, a exemplo do Pobretão de Vida Ruim (http://vidaruimdepobre.blogspot.com.br/) eu mantenho registros financeiros desde 2012. Então resolvi postar aqui meu histórico de patrimônio e dentro do que me lembro vou fazer um resumo dos anos anteriores.

2012 - Patrimônio R$15941,00

Foi um ano de esperança para mim pois eu havia entrado em uma multinacional foda do meu setor depois de passar anos numa empresa local onde me formei e não fui reconhecido. Tive a chance de fazer minha primeira viagem internacional e parecia que ia tudo bem até que comecei a ter desentendimentos com o chefinho que escolheu o grupo preferido de playboys dele na empresa. Em pouco tempo eu chutei o balde e como na época o mercado estava bom eu logo consegui uma nova oportunidade e me senti mais confiante ainda. Tive gastos incríveis com MBA e outros investimentos relacionados à carreira. Achei na minha planilha gastos com empregada (nem lembrava desse luxo), seguro (que hoje em dia já chutei o balde e não faço mais), empréstimo para um parente que hoje poderia estar emprestando pra mim (que depressão), pousada (quem dera hoje em dia). Como gastei dinheiro achando que tudo ia melhorar... que ilusão!

2013 - Patrimônio R$15618,00

Como não aprendi nada no ano anterior e ainda acreditava que tudo ia dar certo, tive gastos com compra de carro (que absurdo!), MBA, empréstimos para parentes, viagens, seguro, até psicóloga nessa época eu paguei já sentindo as dificuldades da pressão de trabalho e sustentar as despesas absurdas de querer me encaixar na sociedade. Contas de cartão de crédito na casa de 2000, 3000... o que eu fiz? Nem sei como mantive o patrimônio...

2014 - Patrimônio R$12057,24

Nesse ano sofri o duro golpe de ser demitido já com os efeitos do início da crise que estamos vivendo e meu salário caiu pela metade. Tudo o que eu imaginava, minhas esperanças, confiança, tudo foi embora de um mês para o outro. Redução do padrão de vida, gastos só para sobreviver... foi quando vi que eu teria que me acostumar com uma vida de merda por muito tempo se quisesse ter algo. Por sorte apareceu uma oportunidade com o mesmo salário que eu tinha em 2012 e 2013, mas como sabem tive minha vida destruída por um casamento e divórcio, que não vou falar quando foi mas o que quero dizer é que mesmo essa nova oportunidade não trouxe o benefício que poderia. Cheguei a ter um patrimônio perto de R$50000 contando com FGTS mas como tudo na vida de um pobre vai embora em meio a tentativas de buscar felicidade, descontrole emocional, prejuizos com carro, parcelamentos no cartão, gracinhas para aparecer pros outros.

2015 - Patrimônio R$18.000,00

Me recuperei um pouco, mas se eu não mudar e cumprir minha meta de aporte de R$3000 não vou sair do lugar, como aconteceu desde 2012.

É isso, a saga de mais um pobre sem educação financeira que está lutando para mudar hábitos e aceitar que não pode entrar na onda dos outros se quiser ter um futuro.


Boa sorte pra mim!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Patrimônio Dezembro 2015

E aí pessoal, tudo certo?

Vou escrever rapidamente sobre o fim de ano e como minha vida é um lixo:

Natal: fiquei na casa de um amigo chapando todas, ouvindo músicas e vendo o povo jogar truco.

Ano Novo: comecei a chapar cedo demais e fui pra casa dormir umas 21h. Acordei assustado com os fogos. Dormi de novo, acordei 6:30 e fui pra casa de um amigo chapar todas de novo.

Fim de ano é uma época em que fico na minha, uma mistura de esperança (pouca), tristeza e reavaliação de como minha vida não sai do lugar. Prova disso é meu patrimônio:

PATRIMÔNIO DEZEMBRO 2015: R$18.000,00

Acho que foi o primeiro fim de ano em que eu consegui economizar, porém tenho que melhorar para entrar Janeiro cumprindo minha meta de aporte de 3000.

Porém já estou vendo alguns possíveis prejuizos com o carro que estão me preocupando. Emprego tá uma bosta e a volta do ano novo foi igual um soco no estômago. Não sei até quando vou aguentar.

Desmotivado até pra escrever. Desculpem...

Boa sorte a todos!